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Vereadora afirma ter sido perseguida em rodovia pelo presidente da Câmara de Cassilândia

Presidente da Câmara ligou para policia esperar a vereadora na entrada da cidade afirmando que estava transportando de foram irregular de passageiro

 

A vereadora de Cassilândia, Sumara Leal (PDT), procurou a delegacia de Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência por perseguição. Em uma nova denúncia, a parlamentar alega ter sido perseguida pelo presidente da Câmara e mais três vereadores após denunciar ter sofrido violência política de gênero.

A vereadora de Cassilândia, Sumara Leal (PDT) usou o plenário da Assembleia Legislativa em Campo Grande, na manhã desta terça-feira (26), para expor os crimes de violência de gênero sofridos na última semana nos municípios. Apesar dos casos serem diferentes e terem acontecido há 650 quilômetros um do outro, os sentimentos de ambas mulheres diante dos episódios são iguais: medo, revolta, desconforto e espanto.

Os atos aconteceram com colegas de trabalho, diretos, durante o exercício das atividades políticas. No caso da vereadora de Cassilândia, Sumara Leal, o presidente da Câmara de Vereadores do município, Arthur Barbosa Souza Filho (União Brasil), disse que a parlamentar precisava usar mais o corpo como usa a língua.

O comentário viralizou e ele chegou a virar réu em ação penal eleitoral, após denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul à Justiça Eleitoral. o Órgão alegou crime de violência política de gênero. Em defesa, ele afirmou que foi mal interpretado. Nesta manhã (26) Sumara falou no plenário como se sente com o acontecido e que está sendo perseguida.

“Não gostaria de estar aqui por esse motivo. Me sinto com medo, eu tenho família, estão tentando me atingir por ameaças pelas redes sociais. Na última semana estava na estrada, de Campo Grande a Cassilândia e fui perseguida por um veículo com quatro vereadores. Três servidoras públicas estavam comigo, tinha autorização, eu estava com o carro oficial, pois estava a serviço. Eles saíram na minha frente, depois eu ultrapassei, eles me perseguiram por uns 10km. Nós começamos a ficar assustados e jogamos o carro no acostamento”.

Segundo a parlamentar, antes de entrar na cidade ela teria recebido um telefonema da polícia perguntando se estava tudo bem. O agente comentou na ligação que tinham acionado a polícia para esperá-la na entrada sob denúncia de transporte ilegal de passageiros.

“Ele disse que a polícia tinha sido acionada pelo presidente da Câmara para me esperar na entrada da cidade, alegando que estava carregando de maneira irregular passageiros. Como na honra política eles não podem me atingir em nada, estão tentando pegar alguma falha pessoal para atingir a minha reputação”.

Para ela é um absurdo e um espanto o episódio, já que está na vida política há anos e nunca aconteceu nenhum caso tão claro de violência como esse.

“O meu trabalho político tem certa relevância na cidade e eu nunca imaginei ser palco de uma violência política de gênero. Não imaginava que passaria por isso em pleno século 21. Estou aqui representando todas as mulheres que sofrem algum tipo de violência, nós não podemos aceitar sermos cada vez mais sub representada na política”. – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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