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Laudo revela que caseiro tentou se defender de ataque de onça

Laudo preliminar sobre a morte do caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, indica que ele estava vivo e tentou se defender no momento em que foi atacado por uma onça-pintada, no Pantanal. À reportagem, o delegado responsável pelo caso confirmou, nesta semana, que fragmentos de ossos e cabelo foram encontrados nas fezes do animal.

Ao Campo Grande News, o delegado Luis Fernando Mesquita afirmou, nesta quarta-feira (7), que Jorginho – como era conhecido – tentou se proteger usando o braço. “Há uma lesão em membro superior, de defesa, com reação vital, compatível com ataque de animal silvestre de grande porte”, explicou.

Foram encontrados fragmentos de ossos e fios de cabelo nas fezes da onça-pintada que atacou o caseiro. Esse material foi recolhido um dia após a captura da onça na região do pesqueiro Touro Morto, em 25 de abril, e enviado para análise pericial.

Laudo revela que caseiro tentou se defender de ataque de onça
Restos mortais de Jorge Ávalo sendo retirado pela PMA (Foto: Direto das Ruas).

Ainda não está definido quando será a conclusão dos laudos periciais. Segundo o delegado ainda não é possível afirmar se os vestígios são humanos. “São exames complexos e, neste caso, como se trata de algo muito sensível, estamos prezando pela qualidade do trabalho”, afirmou.

Caso – Jorge Ávalo foi atacado por onça-pintada nas primeiras horas da segunda-feira (21). A denúncia foi feita por um guia de pesca local, que havia se dirigido ao rancho para adquirir mel com o caseiro.

Ao estranhar sua ausência, encontrou vestígios de sangue e pegadas de animal silvestre de grande porte nas proximidades. As imagens foram enviadas à PMA e também circularam nas redes sociais. Verificou-se que a propriedade contava com sistema de câmeras de segurança, porém os equipamentos não estavam em funcionamento no momento do ocorrido.

Laudo revela que caseiro tentou se defender de ataque de onça
Mostrando os dentes, onça-pintada dá sinal que não gostou da presença do fotógrafo perto do recinto (Foto: Saul Scharmm)

Equipes da PMA de Corumbá, Miranda e Aquidauana seguiram até o local, acessível apenas por embarcação – com trajeto de cerca de duas horas a partir do porto de Miranda – ou por aeronave. No local, os policiais encontraram os vestígios e acionaram o GPA (Grupamento Aéreo da Polícia Militar) e a Polícia Civil, que transportaram o delegado e o perito criminal até o pesqueiro.

Boletim veterinário, divulgado nesta terça-feira (6), informa que a onça-pintada, de aproximadamente nove anos de idade, está consciente, ativo principalmente à noite, e consome toda a alimentação oferecida.

De acordo com o quinto boletim veterinário, a onça apresenta comportamento alerta e, pelas imagens divulgadas pelo governo do Estado, o felino se mostra reativo à presença humana.

 

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