Está em andamento mais uma colheita do amendoim, em Chapadão do Sul. Na região, englobando o Município de Cassilândia, foram cultivados nesta safra 2024/2025, em torno de 12 mil hectares.
Como a maioria das culturas em escala, com tecnologia e mecanizada, o amendoim em Mato Grosso do Sul ainda necessita de vários ajustes, que vão dos tratos culturais, preparação do solo, identificação de microrregiões ideais (estrutura física do solo) e entrega do produto para comercialização.
A Fundação Chapadão vem acompanhando de perto a chegada desta cultura na região. Conduz na Fazenda Tonito, experimentos com mais de 20 ensaios. São trabalhos com herbicidas, fungicidas, variedades, população de plantas e fertilidade do solo. Eles são conduzidos com a coordenação do pesquisador, engenheiro agrônomo Paulo Ricardo Teodoro da Silva. Paulo destaca que a escolha de culturas para rotação e cobertura do solo, igualmente estão sendo analisadas para então serem recomendas com segurança aos produtores de amendoim.
Na Fazenda Tonito, a cultura é conduzida pelo produtor rural Ivair Mudinuti, com o Engenheiro Agrônomo Paulo Buzolin na administração. A atual colheita, ainda em andamento, a média de produtividade está estimada em 230 sacas por hectare (líquido), com grãos de boa qualidade. Foram cultivadas principalmente as cultivares IAC OL3, IAC OL5, IAC 503 e IAC 505.
Segundo Paulo Buzolin, a Fazenda Tonito possui um solo ideal para o cultivo do amendoim, ótima topografia e teor de argila. “Para o cultivo do amendoim, solos com menos de 25% de argila são ótimos, mas pode ainda baixar de 12%”, destaca o administrador.
“Outra vantagem da cultura é a possibilidade de utilização dos mesmos maquinários que já estão na região, para o preparo do solo, plantio, tratos culturais. Apenas para a colheita que são necessários o arrancador e a colheitadeira” destacou Buzolin.
Além dos ajustes técnicos necessários, já constatados, a entrega do produto, para comercialização é mais um gargalo. Atualmente o produto sai da roça e viaja quase 500 Km, para chegar na empresa recebedora mais próxima, em Bataguassu (MS), na divisa com o Estado de São Paulo.
Segundo Buzolin, produtores do interior de São Paulo, tradicionais na cultura do amendoim estão migrando para Mato Grosso do Sul, atraídos pelos custos das terras, que permite áreas maiores, topografia, solos ideais e clima favorável. Esses fatores estão atraindo as indústrias para Mato Grosso do Sul. “Em breve poderemos contar com uma indústria, ou unidade de recebimento de amendoim na região de Chapadão do Sul e Cassilândia, pois empresários do ramo já estão articulando investimentos em estruturas que beneficiarão os produtores de Mato Grosso do Sul.
“Temos que trabalhar com cautela, mas provavelmente, passaremos dos 250 hectares deste ano para 1000 ha. na próxima safra”, concluiu Paulo Buzolin.
Fonte: Assessoria de imprensa Fundação Chapadão – 67-3562-8444 ou
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