A Polícia Civil prendeu na noite de sexta-feira (16), a mulher suspeita de ter matado o próprio marido, Ronaldo da Silva Freire, de 51 anos, com uma facada no peito. O crime ocorreu no dia 10 de maio, em Corumbá, a 428 quilômetros de Campo Grande. Até então, a esposa alegava que o golpe teria sido acidental.
Conforme noticiado pelo site Diário Corumbaense, o mandado de prisão foi expedido após a conclusão do laudo necroscópico, que apontou inconsistências na versão apresentada pela mulher. A prisão ocorreu no momento em que ela procurava a 1ª Delegacia de Polícia para registrar um boletim de ocorrência por calúnia.
Segundo o delegado Fillipe Araújo Izidio Pereira, a profundidade, o posicionamento e a força da perfuração não eram compatíveis com um acidente doméstico. “O laudo técnico demonstrou que a facada foi desferida com força considerável e em uma região letal, contrariando a alegação de que teria ocorrido durante um susto enquanto a autora lavava louça”, afirmou o delegado.
O crime aconteceu na residência do casal, no Bairro Maria Leite. Inicialmente, a filha do casal relatou que o pai teria surpreendido a mãe com um abraço por trás, provocando a reação brusca que resultou na facada. Ronaldo chegou a ser socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu à parada cardiorrespiratória sofrida ao entrar no centro cirúrgico da Santa Casa.
Contudo, familiares da vítima sempre contestaram essa versão. Uma das irmãs de Ronaldo relatou que soube da morte apenas ao ligar para desejar feliz Dia das Mães. Na ocasião, foi informada de que o irmão teria sofrido uma queda no banheiro. Mais tarde, a família descobriu que a causa real da morte foi uma perfuração por faca.
O comportamento da suspeita também gerou desconfiança. Segundo familiares, ela tentou acelerar o sepultamento sem velório e sem permitir exames periciais. Além disso, só comunicou o falecimento cerca de 14 horas após a morte. As suspeitas foram formalizadas em boletim de ocorrência e também manifestadas por parentes nas redes sociais, que pediram apuração rigorosa e acusaram a mulher de ter agido com intenção de matar.
Agora presa, a mulher será encaminhada ao Estabelecimento Penal Feminino de Corumbá, onde aguardará o desdobramento das investigações. A Polícia Civil trata o caso como homicídio e continua apurando os detalhes do ocorrido.
