A área irrigada em Mato Grosso do Sul cresceu 63% entre 2015 e 2024, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (16), pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja). A expectativa é que o Estado avance mais 40% até 2030, impulsionado por crédito, incentivos fiscais e investimentos em infraestrutura.
O levantamento do Siga (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) aponta que o Estado possui atualmente 320 mil hectares irrigados. A fertirrigação representa 64% desse total, com destaque para a cultura da cana-de-açúcar. O restante, 36%, utiliza outros sistemas, como pivô central, empregado principalmente em lavouras de soja e milho, que somam 84 mil hectares.
Ao todo, Mato Grosso do Sul tem 902 unidades de pivôs centrais distribuídas em 53 dos 79 municípios. O estudo também estima que há potencial para irrigar até 4,7 milhões de hectares no Estado, sendo 1,67 milhão com água superficial e outros 2,86 milhões em áreas de pastagem degradada.
Para o diretor da Aprosoja, Lucio Damália, a irrigação tem sido essencial para garantir a produtividade, especialmente durante os veranicos. “Já enfrentei 84 dias sem chuva. Com irrigação, consigo manter a média de produção, mesmo com essas mudanças climáticas”, afirma o produtor, que utiliza sistema subterrâneo na região sul do Estado.