A colheita da segunda safra de milho em Mato Grosso do Sul atingiu 66,8% da área cultivada até 15 de agosto, cerca de 1,4 milhão de hectares, segundo levantamento da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), divulgado nesta quarta-feira (20).
Apesar do avanço, o ritmo ainda está 24,2 pontos percentuais abaixo do observado no mesmo período da safra 2023/2024.
A região Sul apresenta maior evolução, com 70,4% da área colhida. No Norte, o índice chega a 60,3% e, na região Central, 58,1%. O assessor técnico da Aprosoja, Flavio Aguena, aponta que a umidade tem retardado a entrada das máquinas nas lavouras e limitado o ritmo da operação em algumas regiões.
“A colheita está atrasada em algumas regiões do Estado devido à alta umidade dos grãos. Isso faz com que o produtor precise aguardar melhores condições para a entrada das máquinas nas lavouras, o que impacta no ritmo da operação”, explica.
No mercado, a saca de milho está cotada a R$ 49,24 e a de soja a R$ 122,71. Segundo o analista de economia, Mateus Fernandes, os preços devem se valorizar até novembro, principalmente da soja, enquanto o milho deve ter pouca variação devido à grande oferta global, com destaque para a demanda interna.
“A expectativa é que os preços melhorem um pouco mais até novembro. A cotação da soja no mercado futuro para novembro de 2025 teve como preço médio 131,90/saca e o milho, 50,68/saca. Com a grande oferta de milho no mercado, devido a uma boa safra nos principais produtores mundiais, os preços não apresentam grande variação no mercado futuro. O preço do milho sul-mato-grossense tem sido balizado pela demanda interna, visto que o seu principal destino é o processamento para produção de etanol e ração animal”.