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Plantio da soja começa em setembro sob previsão de calor acima da média

Produtores de Mato Grosso do Sul iniciam o plantio da soja 2025/2026 no dia 16 de setembro, em todo o Estado, dentro do calendário que vai até 31 de dezembro, no entanto, o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) prevê trimestre mais quente e chuvas irregulares, o que deve impor semeadura sob calor acima da média e risco de perda de umidade do solo.

O boletim estima 300 a 400 milímetros de chuva na maior parte do Estado durante o trimestre, com até 600 milímetros no sul. A distribuição deve ser desigual, com regiões recebendo volumes acima ou abaixo da média. A faixa centro-oeste tende a registrar índices menores.

As projeções indicam temperaturas acima do normal, com ondas de calor e evaporação acelerada do solo. Apesar disso, episódios isolados de frio podem derrubar os termômetros para 8°C ou 10°C em algumas localidades.

O fenômeno El Niño-Oscilação Sul deve permanecer neutro, com 57% de probabilidade, sem efeito direto sobre o regime de chuvas.

Na safra anterior, produtores tiveram produção estimada em 14,686 milhões de toneladas, avanço de 18,9% em relação ao ciclo de 2023/2024, sobre uma área colhida de cerca de 4,501 milhões de hectares. À época, a produtividade média atingiu 54,4 sacas por hectare, acima das expectativas iniciais (51,7 sc/ha) e 11,4% maior que na safra 2023/2024, apesar de o processo ter se estendido por 19 semanas, com duas semanas de atraso em comparação ao ciclo anterior.

Sobre os dados, o coordenador técnico da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja), Gabriel Balta, afirma que os produtores precisam avaliar cada decisão com atenção. “Uma vez implantada a cultura, não há como voltar atrás. Um bom posicionamento inicial pode transformar completamente o cenário de desenvolvimento da lavoura”.

Ele recomenda que os agricultores adotem estratégias de escalonamento para reduzir riscos. “Diante da irregularidade climática, é recomendado escalonar as datas de plantio dentro da propriedade, como estratégia para mitigar riscos e aumentar a eficiência produtiva”.

Segundo Balta, a escolha da semente também é determinante. “A escolha da cultivar também deve ser criteriosa: em áreas com maior instabilidade climática, o ideal é optar por cultivares de ciclo longo, enquanto regiões com calendário de plantio mais regular permitem o uso de cultivares de ciclo precoce a médio. Outro ponto importante é selecionar cultivares que estejam alinhadas com o nível de fertilidade do solo local, garantindo melhor desempenho agronômico e maior retorno sobre o investimento”.

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