Uma das possíveis causas para que o piloto Marcelo Pereira de Barros tenha feito a manobra de arremeter o avião seria uma manada de porcos-do-mato nas proximidades da pista, da Fazenda Barra Mansa, em Aquidauana–MS. No avião, estavam quatro pessoas, que morreram carbonizadas.
Conforme informações obtidas com bombeiros, Marcelo estava para pousar o avião quando avistou uma manada de porcos-do-mato nas proximidades da pista, tendo que fazer a manobra de arremeter a aeronave, que acabou perdendo altitude, caindo e explodindo.
O avião caiu a 100 metros da cabeceira da pista, e a queda foi vista por funcionários da fazenda. Com a queda, o avião explodiu. Os corpos foram resgatados e levados ao IML (Instituto de Medicina Legal) de Aquidauana, por volta das 7h30, onde passarão por exames de DNA para identificação e, depois, serem entregues às famílias.
Avião fabricado em 1958
O avião modelo Cessna 175 que caiu nesta terça-feira (23), na região da Fazenda Barra Mansa, em Aquidauana, a 135 quilômetros de Campo Grande, tinha 67 anos. O modelo foi fabricado em 1958. O avião não tinha autorização para táxi aéreo. Os corpos das vítimas passarão por exames de DNA.
Entenda: o avião, que era de propriedade do piloto Marcelo Pereira de Barros, só estava autorizado a voar sob regras visuais, durante o dia, já que não tinha equipamentos para voos noturnos.
Conforme dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o modelo não tinha permissão para táxi aéreo e tinha capacidade para quatro lugares, sendo três passageiros e o piloto. Como a aeronave não tinha instrumentos para voar à noite, o piloto tinha de se orientar pelo horizonte e pelo solo.
O motor original da aeronave era GO-300 com resolução de engrenagem de fábrica. O peso máximo de decolagem era de 1.066 kg. A data da compra do avião é de 9 de março de 2015. Já a classificação, segundo a Anac, é de pouso convencional com um motor convencional.
O fabricante do avião é o Cessna Aircraft, e o número de série é 55662. A aeronave está no nome de Marcelo Pereira de Barros.
Avião apreendido por adulteração
O avião que caiu com o piloto e mais três passageiros na Fazenda Barra Mansa, na região de Aquidauana, nesta terça-feira (23), já havia sido apreendido por irregularidades durante a Operação Ícaro, em 2019. O piloto Marcelo Pereira de Barros era dono da aeronave.
Conforme informações, a aeronave foi apreendida em 2019 no Aeroclube de Aquidauana. Submetida a exames periciais, foi comprovado que estava em desacordo, apresentando plaquetas de identificação com indícios de adulteração, além de estar operando com certificado de aeronavegabilidade cancelado.
A aeronave ficou em poder do Dracco por três anos, sendo devolvida em 2022 para o piloto e proprietário Marcelo.
Resgate dos corpos
O resgate dos corpos da aeronave que caiu na região da Fazenda Barra Mansa, em Aquidauana, a 135 quilômetros de Campo Grande, demorou cerca de 9 horas. Na queda do avião, morreram quatro pessoas carbonizadas. Os corpos foram levados para o IML (Instituto de Medicina e Odontologia).
O trabalho de resgate foi demorado devido ao local de difícil acesso. O resgate demorou cerca de 9 horas e três militares e uma viatura estavam empenhados no trabalho. Os corpos chegaram ao IML de Aquidauana por volta das 7h30 da manhã desta quarta-feira (24).
Os corpos devem ser identificados por exames de DNA para depois serem entregues à família. A queda da aeronave ocorreu no início da noite de terça-feira (23). Há suspeita de que a queda da aeronave tenha sido causada por uma manobra que o piloto tentou fazer: arremeter a aeronave, que acabou perdendo altitude, caindo em seguida.
Quem eram os ocupantes da aeronave
Kongjian Yu era professor da Universidade de Pequim, sendo considerado um dos maiores do mundo. Ele era diretor do escritório de arquitetura paisagística Turenscape. Kongjian era doutor pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, além de ser consultor do governo chinês.
Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, especializado em projetos de documentários como “Dossiê Chapecó: O Jogo por Trás da Tragédia”, além da direção da série “To Win or To Win”, para MBC/Shahid, maior grupo de mídia árabe, sobre o Al Nassr FC e um sucesso de audiência. Luiz também, desde 2007, produzia e dirigia na Olé Produções.
Rubens Crispim Júnior era diretor de fotografia e dono da produtora audiovisual Poseidos, que atuava no mercado nacional e internacional. Rubens nasceu e viveu em São Paulo. Ele era formado em Artes Plásticas pela ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo) e participou de festivais como Short Film Corner, no Festival de Cannes.
Marcelo Pereira de Barros, piloto e dono da aeronave, era paulista, mas apaixonado pela região, conforme O Pantaneiro. Ele deixa dois filhos, Hugo e Gael.