Na manhã desta quinta-feira (16), os preços futuros da soja operam com leves ganhos na Bolsa de Chicago (CBOT), em que os vencimentos registram altas de 3,25 pontos a 2,50 pontos.
Por volta das 07h25 (Horário de Brasília), o vencimento Janeiro/26 trabalha com ganho de 3,25 pontos e está precificado em US$ 10,27 por bushel. O contrato março/26 está cotado em US$ 10,43 por bushel e registrou ganho de 3,25 pontos. Já o maio/26 opera com incremento de 3,00 pontos e está valendo US$ 10,57 por bushel e o contrato julho/26 está cotado em US$ 10,68 e com valorização de 2,50 pontos.
Representantes dos governos do Brasil e dos Estados Unidos se reúnem nesta quinta-feira (16) para discutir o tarifaço, em vigor desde 6 de agosto, e as sanções impostas a autoridades brasileiras. O encontro acontece em Washington entre o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que chegou à capital americana na última segunda-feira (13).
A reunião ocorre em meio à tensão comercial ampliada pelas recentes declarações do presidente Donald Trump, que durante um encontro com o presidente argentino Javier Milei demonstrou interesse em negociar com o Brasil a substituição do dólar por uma moeda comum entre os países do Brics, grupo que reúne algumas das principais economias emergentes do mundo.
No mercado da soja, a expectativa é de que o encontro traga algum sinal de avanço nas negociações sobre as tarifas impostas aos produtos agrícolas brasileiros, especialmente à oleaginosa, que é um dos principais itens exportados pelo país. Caso haja um movimento de aproximação entre os governos, o setor pode reagir positivamente, com alívio nas cotações e maior competitividade no mercado internacional. No entanto, se as discussões não resultarem em mudanças e as tarifas forem mantidas, o mercado tende a operar com cautela, com possíveis ajustes negativos nos preços da soja nos portos brasileiros diante do cenário de incerteza comercial.
De acordo com as informações internacionais, os preços da soja estam com uma estabilidade ou mais altos, já que um ritmo de esmagamento mais forte do que o esperado nos EUA e a forte demanda por óleo de soja aliviaram as preocupações com a fraca demanda por soja norte-americana por parte do principal importador, a China.
Além disso, as negociações permaneceram basicamente dentro de uma faixa, já que a paralisação do governo dos Estados Unidos privou o mercado de dados importantes sobre as safras, como as vendas semanais de exportação e as projeções atualizadas de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA. Como resultado, os operadores estão cada vez mais buscando orientação nos mercados de grãos à vista.
Já para o mercado interno, a consultoria Agrifatto destacou que as cotações de soja do último quarta-feira (15) permaneceram estáveis frente ao dia anterior, com a saca negociada a R$ 138,26 na praça de Paranaguá/PR, na mesma direção que o mercado internacional.
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