O mercado interno de milho continua apresentando baixa liquidez e negociações lentas nas principais regiões produtoras do país. Segundo a TF Agroeconômica, a resistência dos produtores em aceitar preços mais baixos e os elevados custos logísticos seguem limitando o avanço dos negócios, mesmo com o bom ritmo de plantio e ampla oferta nacional.
No Rio Grande do Sul, o mercado permanece enfraquecido, com compras concentradas em pequenos consumidores locais e forte dependência de grãos vindos de outros estados e do Paraguai. As indicações de compra variam entre R$ 67,00 e R$ 70,00/saca, enquanto as pedidas se mantêm entre R$ 70,00 e R$ 72,00/saca. O porto gaúcho tem preço futuro para fevereiro/2026 em R$ 69,00/saca, e o valor da “pedra” em Panambi continua em R$ 59,00/saca, reflexo da falta de negócios expressivos.
Em Santa Catarina, o cenário é semelhante, com preços ainda firmes nas cooperativas, mas baixa movimentação. As pedidas dos produtores giram em torno de R$ 80,00/saca, frente a ofertas industriais próximas de R$ 70,00/saca. O preço médio estadual está em R$ 68,00/saca, variando conforme a região. Mesmo após o término da colheita, muitos produtores seguem retendo estoques, à espera de condições mais favoráveis, enquanto as exportações lentas e os altos custos de transporte mantêm as cotações pressionadas.
No Paraná, o mercado regional segue sem fôlego. Apesar do bom andamento do plantio, a liquidez é reduzida, com pedidas próximas de R$ 75,00/saca e ofertas a R$ 70,00 CIF. Cerca de 35% da segunda safra já foi vendida, mas os embarques continuam pontuais. Já em Mato Grosso do Sul, o mercado spot está travado, com preços entre R$ 48,00 e R$ 52,00/saca, mas o setor de bioenergia ganha destaque. O estado aposta na industrialização do milho para produção de etanol, biogás e DDG, consolidando-se como um dos líderes nacionais na transição energética e no aproveitamento interno da safra recorde
Agrolink – Leonardo Gottems










