A MISSÃO: “Colocar o governo na rua levando as realizações e ouvindo as demandas populares em todos os estados do Brasil”. A declaração de Guilherme Boulos sintetiza sua missão no Governo; as eleições ganham novo componente ideológico e a militância será despertada. Não se sabe ainda qual será a reação da oposição desunida.
NA ESTRADA: Em 2018 Boulos tentou o Planalto e obteve 617 mil votos. Em 2020 teve 40,6% dos votos válidos para a prefeitura paulistana perdendo para Bruno Covas. Em 2022 foi eleito deputado federal por São Paulo com mais de um milhão de votos. Os números falam por si só de suas intenções e propostas. Boulos tem a ‘caixa de fósforos’.
DÚVIDAS: Quanto tempo a oposição levará para afinar a viola? A queda nas pesquisas mostra tons desafinados, enquanto Lula com Boulos, usará a força dos movimentos sociais. E para azar da oposição, nenhum dos seus nomes ventilados até aqui, encanta ou enche os olhos. Não se enganem: a sucessão presidencial já começou.
PELO PODER: Nossos deputados admitem: a montagem de chapas será complexa por conta das federações partidárias e da regra exigindo desempenho mínimo individual para garantir vagas. Partidos e federações já admitem ‘chapinhas’ para evitar o ‘canibalismo eleitoral’ (disputa interna entre postulantes da mesma sigla).
MUDANÇAS: Desde 2020 foram proibidas as coligações proporcionais, obrigando então os partidos e as federações a concorrerem com chapas únicas – alterando assim o jogo político. É que até 2018, também no MS – os partidos nanicos conseguiam eleger deputados estaduais com votações menores, fato denominado como ‘efeito puxador’.
VOLTANDO? Parece que sim. Nas contas de Junior Mochi, o MDB pode chegar a casa dos 200 mil votos e eleger de 4 a 5 deputados estaduais, com Puccinelli sendo o puxador de votos. Alguns fatores podem pesar nas contas finais ‘de sobras’ para definir os eleitos pelo partido, inclusive devido as várias candidaturas de vereadores da capital.
SACANAGEM: A ingratidão deve se repetir em 2026. Vereadores que se elegeram graças ‘a$ benção$’ financeiras de deputados estaduais, federais e senadores, ao invés de retribuir essa ajuda, agora querem mais recursos financeiros deles para atuarem como cabos eleitorais. Moral da história: acabam faturando duas vezes.
LEILÕES: Sem falso puritanismo. Antes mesmo e ao longo das campanhas, há uma surda e feroz concorrência para conquista de apoios de lideranças que representem votos em maior e menor escala. Há relatos impressionantes da ousadia ou ‘genero$idade’ de candidatos desempenhando o papel de Papai Noel em troca de votos.
JOGO PESADO: Na política os ingênuos não sobrevivem. É mais que provado; nas eleições, apenas os recursos do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário não bastam. Por esse ‘País de Meu Deus’, habitam figuras que resistem ao tempo, despidos de valores patrióticos. Lembram até o personagem Justo Veríssimo – de Chico Anísio.
VERDADES: “Por mais que essa realidade pareça insuperável, não podemos deixar de tratar a política como coisa séria. Afinal, é pela política que se alcança o Poder, e Poder afeta de modo decisivo o destino das pessoas. A filósofa política Hannah Arendt dizia que o mal prospera com a apatia e consegue sobreviver sem ela. ” (Fernando Brandt)
EDUARDO ROCHA: Em 2018 obteve 22.347 votos (14º lugar). Apenas 2.846 votos em Três Lagoas e 1.935 votos na capital. Em 2026 tentará voltar à Assembleia Legislativa, tendo como referência sua atuação na Casa Civil. Um desafio e tanto diante do cenário nebuloso e da forte concorrência nos seus antigos redutos eleitorais.
SIMONE: Suspense! Na última semana a ministra disputou com a personagem Odete Roitman, a atenção pelas variantes do seu destino político. Aliás, a ex-senadora vai se equilibrando – ora com a perna esquerda, ora caminhando mais ao centro. Se a atriz Debora Bloch foi vítima do velho script, Simone segue sob os holofotes, vivíssima.
MARKETING: O governador Riedel chegou ao poder sem populismo demagógico. Sua marca foi o chamado discurso técnico. Mas há quem entenda que ele deva mudar a postura, adotando jeito e linguajar mais populares de fácil assimilação em nosso meio social. Alô alô assessoria: isso contará muito para as eleições de 2026.
A MISSÃO: Apaziguar, aparar arestas ou como se diz ‘passar o pano’. O deputado coronel Davi está consciente de sua complicada tarefa de unir as correntes do PL. Secretário do diretório estadual do partido, o deputado se mostra amadurecido para ouvir a todos, sem prevenção e favorecimento. Convenhamos; haja habilidade!
JUSTIFICO: Se não bastasse o deputado Marcos Pollon anunciar sua pré-candidatura ao Governo (PL ou NOVO), ele anunciou sua mulher Naiane Bitrncourt (Presidenta do PL Mulher) como pretensa candidata a deputada federal, inclusive com apoio da ex-Primeira Dama Michele Bolsonaro. Durma-se com um barulho desse.
ANTENADO: Ele não se deixa iludir pelos elogios e previsões otimistas de seu desempenho nas urnas em 2026. Aos 83 anos de idade, o deputado Londres revela: está com ânimo de iniciante. Sua equipe se movimenta em várias regiões em busca dos antigos e novos eleitores. Em 2022, ele obteve 25.691 votos (14º lugar).
BARBARIDADE: A agência central dos Correios da capital retrata a decadência da empresa. Após o Governo rejeitar sua privatização, ela só deu prejuízo. Agora querem R$ 20 bilhões de empréstimo! As inovações tecnológicas e o advento do comércio eletrônico – somados à péssima gestão, deu nisso. Adivinhe quem pagará a conta?
OPINIÃO: “ Minha leitura é de que no, curto prazo, o conservadorismo manterá ligeira vantagem. O medo da insegurança, a pressão inflacionária e o apelo religioso fortalecem a direita. Mas a história mostra que nada é definitivo: o crescimento econômico pode devolver fôlego à esquerda; o desgaste da polarização pode abrir espaço ao centro”. (Gaudêncio Torquato)
PILULAS DIGITAIS:
O dinheiro é ótimo. Tira a pessoa da pobreza, mas não tira a pobreza da pessoa.
O Brasil é o país do futuro, mas para tanto é preciso decidir que o ”futuro1 é amanhã. (Margaret Thatcher)
A verdade é que somos filhos da coca-cola, muito mais do que de Marx (Jean Luc Godard)
Vai ficar rico o cara que inventar remédio para matar saudade. (Millôr)
A vida é o que acontece conosco, enquanto fazemos outros planos ( Bem Bagley)
Não há graus de vaidade – apenas graus de habilidade em disfarça-la. (Mark Twain)
Ninguém lembraria do Bom Samaritano se ele tivesse só boas intenções. Ele tinha dinheiro também. (Margaret Thatcher)
A justiça do Rio definiu o culpado pela morte de 10 jovens no Ninho do Urubu: o destino. (Valdeci Lizarte)
Se não vão te regar, você não terá obrigação de ser flor que se cheire. (internet










