A estudante de enfermagem Leticia Camargo, de 25 anos, morreu na manhã desta quarta-feira (12) após ser atropelada por um ônibus escolar que trafegava na contramão, em Coxim (MS). O acidente aconteceu 26 dias antes da formatura da jovem.
Em nota publicada nas redes sociais, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) lamentou a morte da aluna e afirmou que Leticia será lembrada pela dedicação, empatia e compromisso com o cuidado ao próximo.
De acordo com a Polícia Civil, o motorista do ônibus, Cleyton Matos Campos, admitiu que mexia no celular no momento do atropelamento. Ele fugiu do hospital após se recusar a fazer o teste do bafômetro e foi preso em casa, em flagrante.
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Cleyton deve responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar. Conforme o sistema de trânsito, o motorista estava com a CNH vencida e é servidor concursado da prefeitura desde 2025.
Em consulta ao sistema do Tribunal de Justiça, a polícia descobriu que o motorista já havia sido preso em 2019 por tráfico de drogas e, em 2024, condenado a um ano de prisão e multa.
Nas redes sociais, o curso de Enfermagem da UFMS também lamentou a morte da estudante e manifestou solidariedade à família e aos colegas.
‘O sonho dela era ser médica’, diz mãe da universitária
Letícia Camargo se formaria em enfermagem em um mês. Ela seria a primeira da família a conquistar o diploma do ensino superior e sonhava em cursar medicina.
“O sonho dela era ser médica”, diz mãe
A mãe da jovem, Neliane da Silva Camargo, contou que Letícia era a filha mais velha e estava realizando um sonho que representava toda a família.
“Estou muito triste, arrasada. Moro em Pedro Gomes porque trabalho em uma fazenda. Hoje de manhã o pessoal do hospital me ligou e contou o que tinha acontecido”, relatou.
Segundo Neliane, Letícia já havia feito a sessão de fotos da formatura e planejava usar o dinheiro do primeiro emprego para pagar um cursinho preparatório.
“O sonho dela era fazer medicina. Ela dizia: ‘esse eu consegui, foram cinco anos para pegar esse canudo’”, lembrou a mãe.
Neliane contou ainda que a filha era muito querida na cidade. “Ela era um anjo. Muito amada, querida por todos. Hoje o dia todo a gente recebeu homenagem e só falaram coisas boas dela”, disse.
A família organiza o velório em Pedro Gomes, ainda sem data e horário definidos.










