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Após tragédia com estudante, prefeito de Coxim exonera gerente municipal de transporte

Horas depois de negar que o município tenha sido omisso no caso da estudante Letícia Camargo, de 25 anos, morta por um servidor que dirigia sem CNH, o prefeito de Coxim, Edilson Magro (PP), publicou na noite desta quinta-feira (13) o decreto que exonera Djair Bezerra Leite, até então gerente municipal de transporte. A decisão ocorre um dia após o atropelamento que revoltou a cidade e levou os pais da jovem a acusarem a administração de negligência.

A exoneração foi divulgada nas redes sociais do próprio prefeito e adiciona um novo capítulo à crise desencadeada pela morte da estudante, que caminhava para a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) quando foi atingida pelo veículo oficial da Secretaria de Educação. O motorista, Cleyton Matos Campos, estava com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) vencida há mais de um ano, confessou ter mexido no celular no momento do atropelamento, dirigia em alta velocidade e na contramão. Ele foi preso em flagrante por homicídio doloso.

Mais cedo, em entrevista ao Campo Grande News, os pais de Letícia, Neliane da Silva Camargo, 41 anos, e Manuel Rodrigues da Silva, 54, disseram não ter recebido nenhuma ligação, mensagem ou visita da administração municipal. O prefeito, por sua vez, havia afirmado pela manhã que enviou um representante para conversar com a família, mas os pais contestam: “É mentira dizer que deram apoio”, disse o pai.

Ambos relataram que ninguém da Prefeitura de Coxim se manifestou desde o acidente. “Nem um sinto muito, nada”, reforçou Manuel. No velório, a família foi amparada por vizinhos, parentes, colegas de curso e professores da universidade, mas não pelo poder público, segundo eles.

No período da manhã, antes da repercussão das falas da família, Edilson Magro classificou o atropelamento como uma “fatalidade”, mas disse que houve irresponsabilidade por parte do servidor e anunciou abertura de sindicância para apurar possíveis falhas internas. Ele explicou que não foi ao velório “para evitar revolta” e afirmou que pretende procurar a família após o enterro.

O caso – Letícia foi atingida por volta das 7h de quarta-feira (12), na Avenida Mato Grosso do Sul, quando seguia a pé para a universidade após a bicicleta apresentar problema no pneu. Uma passageira relatou que o motorista demonstrava sono, irritação e chegou a pedir que ela comprasse balas para mantê-lo acordado. Após o atropelamento, ele teria descido gritando que havia matado a jovem.

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