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Homem em surto morre após ser imobilizado com spray de pimenta e arma de choque pela PM em Campo Grande

Homem de 35 anos morreu após ação policial durante tentativa de contenção no bairro Vida Nova, em Campo Grande.

Uma abordagem da Polícia Militar (PM) a um homem em aparente surto resultou em morte na noite de sexta-feira (21), no bairro Vida Nova, em Campo Grande. Rafael da Silva Costa, de 35 anos, foi atingido por spray de pimenta e por duas descargas elétricas de uma arma de choque durante a ação.

Segundo o boletim de ocorrência, a PM foi acionada por volta das 21h, após moradores relatarem que Rafael circulava descontrolado pela Rua Santo Augusto. Ele teria entrado em um mercado, derrubado produtos das prateleiras e afirmado estar sendo perseguido por quatro pessoas.

Em seguida, passou a acusar funcionários de tentativa de homicídio. Os colaboradores tentaram oferecer alimentos para acalmá-lo até a chegada da polícia. Uma testemunha afirmou que ele nunca havia estado no local.

O g1 tentou contato com a Polícia Militar, mas não obteve retorno até o momento.

Abordagem e imobilização

Quando os policiais chegaram, Rafael estava do lado de fora, seminu, dizendo que “seria morto” e pedindo para “chamar a polícia”. No registro, os militares relataram sinais de possível uso de drogas: olhos avermelhados, respiração ofegante, comportamento alterado e desobediência às ordens.

Em determinado momento, Rafael teria se aproximado dos policiais e passado a desacatá-los, o que motivou a voz de prisão. Ele resistiu, e os policiais aplicaram spray de pimenta, sem conseguir contê-lo. Em seguida, foi atingido por dois disparos de choque até ser imobilizado. Já no chão, teria tentado pegar a arma de um dos policiais, sendo então algemado.

Ainda no local, Rafael teve uma crise convulsiva, foi estabilizado e colocado na viatura para ser levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nova Bahia. Ele chegou à unidade sem sinais vitais, mas foi reanimado por uma médica. No entanto, morreu pouco depois, enquanto aguardava transferência para a Santa Casa de Campo Grande.

O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol como morte decorrente de intervenção de agente do Estado.

Por Nadine Lopes, Adriano Fernandes, g1 MS e TV Morena

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