O mercado de milho registrou nova sessão de valorização, impulsionada por expectativas sobre a próxima janela de plantio da segunda safra e por sinais de maior demanda interna e externa, segundo a TF Agroeconômica. A alta refletiu fatores climáticos, operacionais e geopolíticos que influenciaram tanto a B3 quanto a Bolsa de Chicago.
Na B3, os contratos avançaram acompanhando o movimento internacional e apesar da queda do dólar. Analistas avaliam que os atrasos no plantio da soja começam a alterar as projeções para o milho safrinha, reduzindo a janela ideal de cultivo. Esse cenário adiciona um prêmio de risco às operações, diante da possibilidade de menor produtividade e da migração de parte dos produtores para culturas de ciclo mais curto. Ao mesmo tempo, o mercado doméstico mostra maior aquecimento. Segundo o Cepea, a procura interna voltou a ganhar força na última semana, elevando os preços do cereal em várias praças.
Nesse ambiente, o vencimento de janeiro de 2026 fechou a R$ 76,47, com alta diária de R$ 2,27 e avanço de R$ 4,51 na semana. Março de 2026 encerrou a R$ 77,41, alta de R$ 1,44 no dia e de R$ 3,69 na semana. Maio de 2026 terminou a R$ 76,43, registrando acréscimo diário de R$ 1,25 e semanal de R$ 3,25.
Em Chicago, os preços também subiram, apoiados pelo bom ritmo das exportações dos Estados Unidos e por novas tensões no Mar Negro. A cotação de dezembro avançou 1,21%, para 438,00 dólares por bushel, enquanto março subiu 1,12%, a 450,00 dólares. O mercado reagiu à escalada dos conflitos na região, após ataques ucranianos a navios russos, em meio a negociações envolvendo EUA e Rússia. A relevância da Ucrânia como grande exportadora acrescentou sensibilidade às operações.
Agrolink – Leonardo Gottems










