O novo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos referente a dezembro aponta mudanças importantes no mercado de milho para a safra 2025/26. Segundo dados compilados pela TF Agroeconômica, o USDA revisou para cima as exportações norte-americanas e reduziu os estoques finais, refletindo maior demanda internacional no trimestre inicial do ciclo.
Nos Estados Unidos, as exportações foram elevadas para 3,2 bilhões de bushels, impulsionadas por fortes embarques ao longo de novembro, que devem superar 20,32 milhões de toneladas entre setembro e novembro, superando o recorde de 2007. Com o consumo maior e sem alterações do lado da oferta, os estoques finais caíram 3,17 milhões de toneladas, para 50,84 milhões, enquanto o preço médio recebido pelos produtores permanece estável em US$ 4,00 por bushel.
No cenário global, a produção total de grãos grossos recuou levemente para 1,576 bilhão de toneladas. A oferta de milho foi reduzida na Ucrânia, Canadá, Nigéria, Indonésia e Senegal, contrabalançada por aumentos na União Europeia, Rússia e Zimbábue. A queda mais significativa ocorreu na Ucrânia, onde área e produtividade foram afetadas por clima úmido prolongado, dificultando a colheita em regiões estratégicas. A UE registrou elevação, especialmente na Espanha, Hungria, Romênia e Polônia, enquanto Canadá apresentou cortes diante de novos dados oficiais.
O comércio internacional também passou por ajustes. As exportações de milho aumentaram para os Estados Unidos, mas diminuíram para a Ucrânia, enquanto as importações cresceram na Colômbia e caíram na UE e no Zimbábue. Para a cevada, o USDA indica maior oferta exportável por Austrália, Canadá e União Europeia. Os estoques globais de milho foram estimados em 279,2 milhões de toneladas, ficando 2,2 milhões abaixo do previsto anteriormente, resultado de maiores posições na Argentina compensadas por quedas no Canadá e na Ucrânia.
Agrolink










