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Colheita do algodão nas maiores regiões produtoras de MS começaram com atraso

Começou há 15 dias a colheita do algodão nas regiões nordeste e norte de Mato Grosso do Sul, as maiores e mais importantes na produção da fibra, pela quantidade, produtividade e qualidade. Elas representam mais de 82% da área plantada no estado.

O clima chuvoso do outono e início do inverno, não característico para essas regiões, provocaram o atraso da colheita do algodão, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

A Ampasul informa que a alta umidade nos meses de maio e junho prejudicaram o desfolhamento das plantas, e consequentemente o início da colheita.

Os primeiros capulhos, formados com a abertura das maçãs, expuseram a fibra, pronta para colher, à umidade, que provoca queda no índice de refletância (Rd), o brilho da fibra.

Segundo Renato Marinho Souza, gestor do Laboratório de Análise de Pluma, da Ampasul, as primeiras amostras do algodão colhido neste ano, das regiões norte, nordeste, de MS e do sudeste goiano, apresentam excelente qualidade. Os resultados apontam para uma fibra de alto percentual de conformidade com padrões de exportação, em quase todas as características. A refletância (Rd), neste início de safra causa preocupação, com aproximadamente 50% das análises obtendo resultados abaixo do ideal. “Mesmo não estando presente nos contratos de comercialização, a reflectância (que representante o brilho do algodão) afeta diretamente a classificação visual”. Podendo dificultar o cumprimento de contratos. Lembrou Renato Marinho.

Fardos de algodão durante a colheita. Foto: Ampasul

Estima-se que com o avanço da safra, os resultados de Rd melhorem e acompanhem as demais características, que indicam ótimos índices de conformidade neste início de beneficiamento do algodão colhido.

Estima-se que com o avanço do inverno, a umidade diminui e o índice RD acompanhem os altos índices das demais características, (Índice micronaire (MIC), Maturidade da fibra (MAT), Resistência da fibra (STR), Uniformidade de comprimento (UI), Índice de fibras curtas (SF)), que estão no momento de 99% a 100% de conformidade.

A preocupação maior está com as amostras vindas do sul do MS. O clima naquela região foi ainda mais severo nos índices pluviométricos e de umidade relativa do ar, durante a desfolha e início da colheita. Segundo Josias Lúcio, Classificador Visual do Laboratório da Ampasul, as amostras vindas do sul de MS são mais preocupantes, apresentam alto índice de impureza e baixa refletância.

Segundo o Diretor Executivo da Ampasul, Adão Hoffmann, no contexto geral, até o momento, as análises apontam para mais uma safra de algodão de Mato Grosso do Sul de alta qualidade, porém a produtividade, estima-se que pode ficar abaixo da registrada na safra passada.

Neste ano agrícola, foram cultivados em Mato Grosso do Sul, 31.683 hectares, que apresentaram ótimo desenvolvimento vegetativo, que somado ao início da colheita, despertam expectativa de mais uma ótima safra de algodão no Estado.

 

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