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Goiás pretende liberar a industrialização de terras raras no Brasil, diz Caiado

Segundo o governador do estado, as jazidas locais têm potencial para abastecer toda a Europa e os Estados Unidos de minerais estratégicos

Em um momento em que o mundo corre para assegurar o fornecimento de minerais estratégicos, o governo de Goiás mira alto: deixar de ser apenas um exportador de matéria-prima para se tornar um polo industrial de terras raras — minerais essenciais para a chamada economia verde.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), ressaltou que o estado abriga uma das maiores jazidas do mundo desses minerais, essenciais para tecnologias como veículos elétricos, turbinas eólicas e equipamentos eletrônicos.

“O Brasil não pode continuar repetindo o modelo colonial. Não aceitaremos ser apenas fornecedores de minério bruto enquanto importamos a tecnologia pronta. Queremos atrair empresas de ponta, gerar empregos qualificados e transformar Goiás em referência mundial na cadeia de terras raras”, afirmou neste sábado (26), durante um evento em São Paulo que reuniu investidores, empresários e líderes do setor financeiro.

Além de reforçar a vocação mineral do estado, Caiado defendeu a criação de um marco regulatório específico para garantir segurança jurídica e atrair investimentos em industrialização. Ele tem apostado na diplomacia comercial e já iniciou negociações com países da Europa, Estados Unidos e Ásia, onde esteve recentemente visitando o Japão.

Na viagem, o governador enfatizou que Goiás reúne fatores decisivos para o avanço da indústria de alta tecnologia: estabilidade institucional, matriz energética limpa, mão de obra qualificada e localização estratégica no centro do país.

Uma comitiva empresarial japonesa está prevista para desembarcar no estado no próximo dia 15 de agosto para conhecer o potencial do setor e discutir parcerias para instalar plantas industriais de separação de minerais no estado.

“Hoje fazemos apenas a concentração desses minerais e exportamos para a China. O que eu fui buscar no Japão foi a tecnologia para também fazermos a separação dos metais aqui, com indústrias de base japonesa, europeia ou americana”, declarou o governador goiano. Ele detalhou que o estado está preparado para começar as negociações e tem grande potencial de crescimento. “Uma mina nossa já produz mais de 5 mil toneladas — quantidade suficiente para abastecer toda a demanda da Europa ou dos EUA”, afirmou.

Caiado foi enfático ao afirmar que Goiás tem todas as condições de se tornar “o estado mais importante do mundo” no fornecimento desses insumos estratégicos. “Vou calibrar os interesses: cede-se minério em troca de data centers, satélites, parques industriais. O povo quer resultado, quer emprego, não jogo político rasteiro”, concluiu, alfinetando a postura econômica do presidente Lula.

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