Em entrevista a uma emissora de rádio local, o representante do setor de citricultura em Cassilândia, Candinho, falou sobre a grande expectativa do município com a nova diversificação agrícola e apresentou atualizações sobre o andamento dos projetos de produção de laranja.
Infraestrutura e irrigação
Candinho destacou o apoio recebido do Poder Público Municipal (vereadores e prefeito) e da Energisa. A empresa atendeu às solicitações, implantou o projeto de ligação e hoje já é possível irrigar parte do pomar.
Segundo ele, o processo de irrigação é exigente, ocorrendo 24 horas por dia. A Energisa liberou 1/3 da energia necessária para o reservatório da Frucamp, com capacidade de 10 milhões de litros. A irrigação está em fase final nas fazendas São José e Nossa Senhora Aparecida (Agro Hernandes).
Expansão e números
Atualmente, a Fazenda da Divisa (Frucamp) possui cerca de 700 hectares plantados, somando 320 a 330 mil pés de laranja. Já o Agro Hernandes mantém 240 mil pés plantados.
O projeto total deve atingir 2.800 a 2.900 hectares, incluindo o novo plantio que a Frucamp inicia em novembro, na Fazenda Santa Maria. Além disso, outros 300 hectares pertencem a produtores independentes da região.
Emprego e colheita
O setor já gera cerca de 40 empregos na Frucamp e outros 40 a 45 no Agro Hernandes. Porém, na fase de colheita, a expectativa é de mobilizar aproximadamente mil trabalhadores, o que representa cerca de 700 famílias.
A colheita deve durar 10 meses por ano e pode começar já no segundo ano de plantio, graças aos avanços da ciência. Na Fazenda Divisa, por exemplo, os 85 mil pés plantados em 2024 devem começar a produzir caixas de laranja a partir de maio ou junho de 2026. As variedades cultivadas incluem hamel, pera-rio, folha murcha e valência.
Destino da produção e alerta para o greening
A produção será destinada ao mercado interno de Cassilândia e, em maior parte, à fábrica de suco em Catanduva (SP). Candinho explicou que a instalação de uma indústria de suco no município só seria viável com 40 a 50 mil hectares plantados.
Ele ainda fez um alerta sobre o greening, doença que ameaça a citricultura: “Alguns pomares ao redor da cidade não estão sendo cuidados nem pulverizados, o que atrai a doença. É um pedido de socorro às autoridades”, afirmou.
Por fim, Candinho ressaltou que a chegada dessas empresas e o fortalecimento da citricultura irão transformar o comércio local e movimentar a economia da região.