Uma tragédia chocou Parelheiros, na zona sul de São Paulo, na noite da última quinta-feira (25). A comerciante Caline Arruda dos Santos, de 37 anos, foi esfaqueada pelo próprio filho de 9 anos no abdômen e chegou a pedir um último abraço antes de morrer. Segundo familiares e testemunhas, o crime começou após uma bronca: Caline chamou a atenção do menino por comportamento teimoso enquanto ele brincava na rua em frente ao comércio dela. Mais tarde, na casa do padrasto da criança, a mãe afirmou que comunicaria um familiar sobre a situação.
O menino foi até a cozinha, pegou uma faca e a escondeu sob a manga da camiseta. Ao se aproximar da mãe, que estava acompanhada do filho mais velho, de 19 anos, desferiu um único golpe no abdômen. Mesmo ferida gravemente, Caline pediu um último abraço e disse que perdoava o filho antes de perder a vida.
Repercussão familiar
O tio da vítima destacou a força do amor materno: “Para você ver quanto é o amor de mãe, que não se mede, mesmo esfaqueada, ela abraçou o filho e o perdoou”. Caline era descrita como trabalhadora e dedicada, tendo enfrentado perdas dramáticas em 2023, quando perdeu dois filhos no mesmo dia — um adolescente de 14 anos e um bebê.
O filho mais velho comentou que o caçula apresentava comportamento agressivo e dificuldade em lidar com repreensões.
Procedimentos legais
Por ter menos de 12 anos, o menino não pode ser responsabilizado criminalmente e está sob a responsabilidade do Conselho Tutelar, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente. Ele está sob os cuidados de uma prima da vítima, Maria Amália Jesus de Oliveira, e já foi informado sobre a morte da mãe.
O caso foi registrado como ato infracional análogo a homicídio, e a perícia segue investigando as circunstâncias exatas do crime.
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