A quinta-feira foi marcada por forte queda nos contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago, que devolveram os lucros acumulados nos últimos dias. Segundo informações da TF Agroeconômica, o movimento foi provocado principalmente pelo recuo expressivo do farelo de soja, que havia sustentado as altas anteriores e agora pressionou as cotações do grão.
O contrato de soja para novembro encerrou o dia em baixa de 2,30%, cotado a US$ 10,94 por bushel, enquanto o vencimento de janeiro caiu 2,34%, para US$ 11,08. O farelo de soja para dezembro recuou 3,69%, fechando em US$ 312,8 por tonelada curta, e o óleo de soja para o mesmo mês terminou o pregão com queda de 0,83%, a US$ 49,28 por libra-peso.
A reversão das cotações foi influenciada por dois fatores principais: a perspectiva de aumento das exportações brasileiras de farelo em novembro e as negociações sobre uma possível greve na Argentina, maior exportador mundial do subproduto. Sem os relatórios oficiais de vendas externas dos Estados Unidos, o mercado também reagiu ao resultado decepcionante das exportações de trigo norte-americano para a China, visto como um sinal de que a demanda chinesa por soja pode enfraquecer nas próximas semanas.
Diante desse cenário de incertezas, os fundos de investimento optaram por realizar lucros após quatro sessões consecutivas de valorização. Operadores do mercado começaram a questionar a real capacidade da China de importar as 12 milhões de toneladas anunciadas pela Casa Branca ainda em 2025, o que aumentou a cautela e reforçou o movimento de correção nas bolsas.
Agrolink










