O mercado pecuário seguiu estável nesta quarta-feira (26/11) na maior parte do Brasil, com equilíbrio entre oferta e demanda. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), apesar da melhora na liquidez, a disputa de preços permanece acirrada, e são as escalas de abate que definem o poder de barganha nas negociações.
Das 33 regiões monitoradas pela Scot Consultoria, 24 não apresentaram mudanças nas cotações do boi gordo em relação ao dia anterior. Foram registradas altas em Belo Horizonte (MG), norte de Minas Gerais, Campo Grande (MS), Pelotas (RS), Alagoas e sul de Tocantins. Já no norte e no sudoeste de Mato Grosso, além de Redenção (PA), tiveram quedas nos valores.
Nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), referências para o mercado, o boi gordo seguiu cotado a R$ 320 a arroba para o pagamento a prazo. Em São Paulo, já são 14 dias sem alterações nos preços para os machos e para a novilha, e oito dias para a vaca.
Em 2025, o indicador Cepe/Esalq (referente ao Estado de São Paulo) registra, até o momento, uma volatilidade de 53,1%, cerca da metade da observada em 2024 e 2023. Segundo o Cepea, o índice se refere à variação dos preços em torno de sua média ao longo de janeiro até agora – ou seja, indica a intensidade com que a cotação se move para cima ou para baixo.
A menor variação dos preços tem a ver com a oferta mais estável ao longo do ano, com capacidade de se manter relativamente próxima da demanda mês após mês. No final do primeiro semestre, os preços recuaram, mas não tanto quanto em 2024. Agora, no segundo semestre, têm estado firmes, mas com reajustes bem moderados.
Desde o final de agosto, o indicador do boi Cepea/Esalq se valorizou 3,5%. Já a carne no atacado da Grande São Paulo, subiu mais. A carcaça casada de boi avançou 6,4% no mesmo período.
Por
Marcelo Beledeli— Porto Alegre










