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Bebê e dois idosos estão entre os casos confirmados de gripe K em MS

Um bebê de cinco meses e dois idosos de 77 e 73 anos estão entre os três casos confirmados da variante K do vírus influenza A (H3N2), popularmente conhecido como “gripe K” ou “super gripe”, em Mato Grosso do Sul. Além dos casos, uma morte está em investigação na Bolívia, país que faz fronteira com MS.

Em nota, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) esclareceu que foram identificadas três amostras do subclado K da Influenza A (H3N2) em pacientes de Campo Grande, Nioaque e Ponta Porã. Os casos não são considerados suspeitos, uma vez que já foram confirmados laboratorialmente.

Entre os pacientes, dois são do sexo feminino e um do sexo masculino. Dois não apresentam comorbidades relatadas, enquanto um possui histórico de hipertensão e diabetes.

As amostras passaram inicialmente por análise do Lacen/MS (Laboratório Central de Saúde Pública), que identificou a presença do vírus e encaminhou o material ao Instituto Adolfo Lutz (SP). O laboratório é referência nacional para realização do sequenciamento genético, conforme os protocolos estabelecidos pela vigilância em saúde.

Em razão dessa identificação, a SES emitiu, no dia 18 de dezembro, o Alerta Epidemiológico – Identificação do subclado K da Influenza A (H3N2) no Estado de Mato Grosso do Sul.

“A SES reforça que a população deve manter as medidas de prevenção já recomendadas nos alertas epidemiológicos e nas notas técnicas vigentes. A vacinação contra a Influenza, ofertada anualmente em todo o país, pelo SUS [Sistema Único de Saúde], permanece como a principal estratégia para a prevenção de casos graves, complicações e hospitalizações.”

O que é o H3N2-K?

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a influenza sazonal passa por constantes mutações. Desde agosto de 2025, há crescimento acelerado da circulação do subtipo A (H3N2) J.2.4.1, conhecido como subclado K, em diversos países.

O vírus apresenta mutações que trazem características novas para o sistema imunológico de grande parte da população, o que favorece a rápida disseminação. No entanto, até o momento, não há evidências de aumento da gravidade dos casos clínicos associados a essa variante.

Entre os principais sintomas, estão febre, dores musculares, cansaço, congestão nasal, dor de cabeça, tosse, calafrios, coriza, mal-estar, náusea e vômitos.

Ainda conforme a OMS, a atividade da gripe permanece dentro do esperado para a temporada, embora, em algumas regiões, o aumento tenha ocorrido de forma mais precoce. As vacinas disponíveis continuam oferecendo proteção, especialmente contra formas graves e hospitalizações.

Vigilância reforçada

Diante dos registros suspeitos, o Ministério da Saúde informou que intensificou as ações de vigilância da influenza A (H3N2), com atenção especial ao subclado K. A medida atende a um alerta epidemiológico da Opas/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde), que aponta aumento de casos e de internações por gripe no hemisfério norte, principalmente na América do Norte, Europa e Ásia.

A vigilância ocorre por meio do monitoramento contínuo de casos de síndrome gripal e de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), além da investigação e notificação imediata de eventos respiratórios incomuns. Também houve reforço nas medidas de prevenção e no acesso a vacinas e antivirais para os grupos de risco.

Como se proteger?

O Ministério da Saúde reforça que as vacinas contra a gripe disponibilizadas pelo SUS seguem eficazes para prevenir casos graves, inclusive os causados pelo subclado K. Os grupos mais vulneráveis são os mesmos já contemplados como prioritários na campanha de vacinação. No entanto, o imunizante pode não impedir totalmente a infecção pelo subclado K.

Além da imunização, o SUS oferece gratuitamente antiviral específico para o tratamento da influenza, indicado principalmente para pessoas dos grupos de risco, como estratégia para reduzir a chance de agravamento da doença.

A orientação é manter a vacinação em dia e adotar medidas básicas de prevenção, como higienização das mãos, etiqueta respiratória e evitar contato próximo em caso de sintomas, contribuindo para reduzir a transmissão do vírus.

Morte na fronteira

Autoridades da Bolívia investigam se a morte de uma mulher de 26 anos decorreu da gripe K. O caso foi registrado em Santa Cruz, onde ela testou positivo para gripe A H3N2. Agora, o Serviço Departamental de Saúde declarou alerta laranja e pediu para que a população tome medidas preventivas e meio ao aumento dos casos virais.

O diretor do órgão informou que há suspeita de que a mulher tenha contraído a variante K, já que ela havia chegado do Japão, onde ocorreram infecções. No entanto, os exames laboratoriais ainda não foram divulgados para confirmar a variante.

Em Cochabamba, o Serviço Departamental de Saúde também está monitorando uma paciente de 47 anos, seus dois filhos e dois outros parentes com suspeita de terem contraído a variante K. Ela já testou positivo para influenza A H3N2, e o subtipo está sendo investigado. Eles haviam viajado para os Estados Unidos há três semanas.

Em países vizinhos, como o Peru, autoridades já intensificaram a vigilância devido ao registro de casos positivos e à alta disseminação.

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