Pecuaristas de Costa Rica buscam acordo judicial com usina para combate a mosca da cana

Pecuaristas de Costa Rica buscam, junto à Justiça, um acordo com a Usina Atvos para o combate a mosca da cana, chamada também de mosca do estábulo, que tem prejudicado diversas propriedades rurais do município. Nesta quinta-feira (27) foi realizada uma reunião na casa de Leis e também uma audiência no Fórum. O processo foi suspenso por 60 dias.

O produtor rural João Santos Coelho de Oliveira, teve grandes perdas e pede uma sensibilização da empresa, que adote medidas para a prevenção. “No momento em que começam a jogar a vinhaça há a proliferação dessa mosca que perturbou todos os nossos produores rurais de Costa Rica e causou diversos prejuízos. Queremos que todo mundo produza respeitando os vizinhos”, salientou.

Dono da fazenda Imbirussu e da Estância Milagrosa, distante cerca de cinco quilômetros da Usina, João perdeu animais desde 2014, no primeiro ataque, e ainda nem somou o prejuízo. “Perdi um bezerro, uma vaca, animais tiveram perda de peso porque a mosca ataca. O último ataque foi há dois meses atrás, tive que tirar o gado de lá se não iria perder”, lamentou o proprietário.

Manoel Pau Terra, dono da fazenda Flor da Serra, também pede solução junto à Justiça. “Sofremos muito, a gente não quer dinheiro da usina, estamos aqui para poder trabalhar. Que eles façam compromisso conosco e cumpram”, disse. “Tive prejuizo em queda de leite, em fertilidade de vaca, morte de animais, o gado deixava de ganhar peso, registramos bastantes abortos, tanto de gado tanto de equinos”, lembrou Manoel.

O último ataque na Flor da Serra também ocorreu em dezembro. “Tive que vender uma boiada. Não podemos trabalhar se não conseguir eliminar essa mosca”, ressaltou Manoel.

O juiz Marcos Abreu, que presidiu a audiência entre os produtores e responsáveis pela usina, explicou que foi pedido a suspensão do feito por um prazo de dois meses. “A usina entende que melhorou o trato do problema enquanto que os autores da ação, os pecuaristas entendem que pode melhorar ainda mais”, disse.

Conforme o juiz, houve um avanço grande. “As partes se entenderam bem, acredito que haverá uma grande chance de acordo”. A empresa afirma que tem feito um trabalho para evitar que esse problema volte a acontecer. Ainda, conforme o juiz Marcos Abreu, o processo foi supenso por 60 dias, para que as partes fechem as tratativas em busca de um acordo.

 

* MS Todo Dia