Mato Grosso do Sul apresenta nesta quinta-feira (28) a terceira maior taxa de contaminação do Brasil do novo coronavírus, o Covid-19, e tem 1.262 infectados. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), são 65 internados, com possibilidade de dobrar o número nos próximos dias, visto a velocidade do avanço da contaminação no Estado. ‘Por isso, sempre que possível, fique em casa’, orientou o secretário de Saúde Geraldo Resende.
“Nossa taxa de isolamento social sempre foi vexatória. Nós precisamos neste momento, mais do que nunca, fazer com que as pessoas entendam que é preciso ter amor à sua vida e a vida do próximo, do seu familiar. Pessoas que testaram positivo estão andando pelo Estado”, criticou. Secretária-adjunta de Saúde do Estado, Christinne Maymone informou que são 9.686 notificações, com 1.262 confirmações de Covid-19, 512 amostras em análise nos laboratórios, 475 casos em fechamento nos municípios, 7.437 casos descartados e 18 mortes.
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Há pouco mais de uma semana, eram apenas 10 internados em Mato Grosso do Sul, número que subiu para 65 nesta quinta. “É preciso ficar atento, usar máscara, lavar as mãos e manter distância para controlarmos a pandemia no Estado”, alertou Resende.
Mato Grosso do Sul deixa de ser o Estado com a menor incidência da doença, ou seja, menor número de infectados a cada 100 mil habitantes, perdendo o poso para Minas Gerais e Goiás. Mas mantém o menor número de casos e mortes. Por isso, é preciso seguir atento, mantendo distância social, lavando as mãos constantemente e usando máscaras nas ruas. Sempre que possível, é preferível ficar em casa porque cerca de 60% dos portadores do Covid-19 não tem nenhum sintoma, mas podem contaminar outras pessoas, principalmente idosos, complicando a saúde dos mais vulneráveis, que podem chegar a óbito após serem contaminados.
Taxa de contaminação
Atualmente, Goiás tem a maior taxa de contaminação do país. De acordo com estudo do Covid-19 Analytics, do qual participa a PUC-Rio, cada habitante diagnosticado com o novo coronavírus aparentou contaminar em média 5,63 pessoas durante o período de infecção. A curva do estado está em franca evolução. No último dia 8 (ou seja: há menos de três semanas) o R era de 1,19.
No Rio Grande do Norte, a ascensão também chama a atenção. Neste mesmo período, o índice subiu de 1,9 para 4,88. Em Mato Grosso do Sul, o índice saltou de 0,81 em 30 de abril para 4,93 em 15 de maio. Nos últimos dias, a taxa sofreu leve queda, mas se mantém como uma das mais altas do pais: 3,81. Isso significa que cada 100 contaminados no Estado podem transmitir o coronavírus para outras 381 pessoas.
*Midiamax – Evelin Cáceres