Diretor da Fundação Chapadão discute sobre resistência de fungicida a ferrugem da soja com cientista ingleses
Por três dias (22 a 27/05) em Londres, pesquisadores brasileiros das mais renomadas instituições de pesquisa (Fundação Chapadão, MT, CTPA, Instituto Phytus, IAC, Agro Carregal, Tagro, Embrapa, MS Integração, Sorrizo, Cotrijal, reuniram em Londres na estação Jealott’s Hill da Syngenta, com pesquisadores da Inglaterra e Suíça para discutirem o manejo de ferrugem da soja e de um programa antiresistênica dos produtos ao fungo Phakopsora pachyrise, agente causal da Ferrugem asiática da cultura da soja. Para Edson Borges diretor da Fundação Chapadão o sucesso das empresas depende do sucesso dos produtores e o sucesso dos produtores depende do sucesso da agricultura e neste meio está a pesquisa que pode fornecer as informações o conhecimento necessário para que todo o programa de manejo dê resultado positivo, porém há necessidade de que os consultores promovam esta transferência de conhecimento e que esta seja efetivamente adotada e aplicada pelos produtores rurais.
Borges entende ainda que a imprensa neste momento exerce um papel de alta relevância levando estas informações aos produtores rurais e toda sociedade, pois estamos passando por um momento muito delicado na agricultura podendo comprometer o agronegócio brasileiro, pois foram detectados em algumas regiões genes da ferrugem resistente aos produtos usuais (triazol, strobirulina e mais recentemente a carboxamida), assim explica Borges, precisamos adotar novas estratégias para o manejo da ferrugem da soja pois o que vínhamos fazendo até então mostrou que não foi tão efetiva quanto imaginávamos para estancar o processo de resistência, temos que mudar em diversos pontos, entre eles: Fazer um excelente vazio sanitário, eliminando a soja tiguera ou voluntária na beira de carreadores, estradas, rodovias, fazendas para eliminar os possíveis genes resistentes, atrasando assim a entrada da ferrugem na safra 2017/18; Usar cultivares precoces e quando possível resistente; Quando possível efetivar o plantio mais cedo, e, não plantar soja após 31 de dezembro; Melhorar a tecnologia de aplicação fazendo com que os produtos tenham melhor cobertura na planta; Reduzir o intervalo entre aplicações, não passando de 15 dias; Usar óleos minerais ou vegetais em doses efetivas conforme preconiza o produto; Usar dose adequada e efetiva de cada produto; Monitora a lavoura para proceder as aplicações preventivas; Usar em associação aos produtos específicos os produtos chamados de multissítios e ou protetores, para isto o MAPA precisa regulamentar a associação de produtos no tanque de pulverização; Caso não tenhamos plena consciência da efetivação destes pontos certamente a situação se agravará, e isto, me preocupa pois muitos entendem que isto não está ocorrendo nesta magnitude, eu, digo com toda sinceridade a situação é mais grave do que possam imaginar com um agravante, não temos a curto prazo produtos a serem registrados que reverta esta situação temos sim medidas assertivas para estancamos este processo e estas foram citadas acima afirma, Edson Borges.