Após reintegração de posse, prefeitura busca conciliação com frigorífico

A audiência de conciliação entre a prefeitura de Cassilândia e a empresa Rodopa/Forte, proprietária da área e instalações onde funcionava por sistema de locação, o frigorífico da JBS está marcado para 13 de junho.

O fato aconteceu depois da administração pública entrar com processo na Justiça para desapropriação do prédio, sem antes consultar a Rodopa. A alegação da prefeitura foi que não houve interesse do proprietário da planta frigorífica em reabrir o local em que o mesmo estava abandonado.

Conforme informado pela assessoria do frigorífico, a prefeitura conseguiu uma liminar para reintegração de posse do imóvel, mas, a desembargadora, Tânia Borges, concedeu efeito suspensivo no dia 21 de maio e devolveu a posse à Rodopa.

De acordo com o proprietário, Sérgio Longo, nos últimos 10 anos, o frigorífico operou ininterruptamente e teve suas atividades paralisadas por decisão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) no dia 20 de março, há pouco mais de dois meses.

“O que eu procuro é justiça. A Prefeitura entrou com um processo ilegal e nunca fui procurado pelo prefeito de Cassilândia ou qualquer representante para falar sobre o frigorífico ou qualquer assunto, meu endereço é público, a Prefeitura tinha conhecimento do endereço atualizado da Rodopa através das certidões anexadas por eles ao processo”, afirma.

AVALIAÇÃO DO IMÓVEL

De acordo com o empresário, assim que ele teve conhecimento da decisão judicial, encaminhou até o frigorífico seu advogado, juntamente com a Oficial de Justiça designada para o processo, encontraram pessoas interessadas em locar o imóvel, após desapropriado pela Prefeitura e querendo entrar no prédio sem autorização. “A Oficial de Justiça inclusive colocou nos autos do processo essa situação é no mínimo estranha”.

O imóvel e as instalações onde funcionavam o frigorífico são de propriedade da Rodopa/Forte, e ao longo dos anos recebeu milhões em investimentos (benfeitorias e equipamentos de última geração). Em 2014, a ECunha Consultoria Empresarial avaliou o imóvel em R$ 40,9 milhões, valor muito distante dos R$ 320 mil que a Prefeitura se disponibilizou a pagar em uma possível desapropriação.