Pesquisadores brasileiros identificaram gene responsável pelo porte ereto das folhas do tomateiro, uma descoberta que pode abrir caminho para variedades mais produtivas e adaptadas à mecanização agrícola.
Cientistas brasileiros da Embrapa Hortaliças identificaram gene responsável pelo porte ereto das folhas do tomateiro, descoberta que pode revolucionar o cultivo em larga escala. A característica permite melhor penetração da luz solar nas plantas, favorecendo a fotossíntese e a qualidade dos frutos.O estudo, realizado em parceria com instituições internacionais, possibilitará o desenvolvimento de novas cultivares através de melhoramento genético assistido. A tecnologia também poderá beneficiar outras culturas como pimentão e berinjela, contribuindo para uma agricultura mais eficiente e sustentável.
O estudo, conduzido por cientistas da Embrapa Hortaliças (DF) em parceria com instituições internacionais, traz implicações diretas para o aumento da eficiência no cultivo de tomates, principalmente em larga escala.
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A principal vantagem do porte ereto é a melhor penetração da luz solar nas plantas, o que favorece a fotossíntese e pode levar a frutos de maior qualidade. Além disso, o arranjo vertical das folhas facilita o manejo e colheita mecanizada – um ponto cada vez mais relevante diante da escassez de mão de obra no campo.
Segundo os pesquisadores, a descoberta ocorreu por meio de análises genéticas detalhadas, que permitiram mapear e isolar o gene responsável pela característica. Com isso, será possível desenvolver novas cultivares de tomate com folhas eretas de forma mais rápida e precisa, por meio de técnicas de melhoramento genético assistido por marcadores moleculares.
A pesquisa também reforça o papel da biotecnologia na agricultura sustentável, ao possibilitar cultivos mais eficientes e com menor demanda por insumos. A expectativa é de que, em alguns anos, variedades comerciais com essa característica estejam disponíveis no mercado.
A descoberta ainda poderá beneficiar o cultivo de outras solanáceas, como o pimentão e a berinjela, que compartilham características genéticas semelhantes ao tomateiro.
Essa inovação representa mais um avanço da ciência brasileira rumo a uma agricultura de alta performance, com ganhos tanto para o produtor quanto para o consumidor.
Colaboração de Paula Rodrigues e Eduardo Pinho, da Embrapa-
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