O mercado internacional da soja encerrou a sessão com valorização em Chicago, refletindo um ambiente de maior otimismo com a demanda e ajustes técnicos após quedas recentes. Segundo a TF Agroeconômica, o pregão foi marcado por cobertura de posições vendidas e por um viés comprador, mesmo em uma sessão encurtada e de baixo volume típica de período de feriados.
Os contratos registraram altas consistentes. A soja para janeiro avançou 1,17%, encerrando a US$ 10,62,75 por bushel, enquanto o vencimento março subiu 1,22%, a US$ 10,75,75 por bushel. Entre os derivados, o farelo de soja para janeiro teve ganho de 1,30%, cotado a US$ 304,7 por tonelada curta, e o óleo de soja avançou 1,53%, fechando a US$ 49,04 por libra-peso. O movimento foi sustentado principalmente pelo bom desempenho das exportações norte-americanas, com vendas semanais de soja em grão atingindo o maior volume do ano comercial, tendo a China como principal destino. As vendas de farelo também superaram as estimativas, favorecidas pela recente queda dos preços nos Estados Unidos, o que permitiu maior competitividade frente ao produto argentino no mercado europeu.
O câmbio contribuiu para o cenário altista, com o dólar norte-americano atingindo mínima de dois meses e meio, reforçando a atratividade das exportações dos EUA. Em contrapartida, fatores da América do Sul atuaram como limitadores. Na Argentina, o plantio alcançou 75,5% da área, com melhora nas condições das lavouras em relação ao ano anterior, enquanto o esmagamento de novembro ficou abaixo do esperado. No Brasil, o clima segue favorável, com bom equilíbrio entre chuvas e períodos de sol. A leitura de curto prazo indica tendência levemente altista, com correção técnica em andamento, embora o clima positivo no Brasil continue restringindo movimentos mais fortes de alta, com resistência próxima a 1.082 cents por bushel.
Agrolink
