Clewerson Pereira de Oliveira foi preso pela Guarda Municipal de Toledo, no Paraná. Ele é acusado de matar com tiros na cabeça a namorada Aline Mayara Boni, de 24 anos, em Iguatemi (MS). Clewerson fugiu em seguida ao crime com a ajuda de um comparsa, que o esperava do lado de fora da casa em uma motocicleta, de cor preta.

A Guarda do Paraná informou ao Midiamax que a prisão ocorreu no domingo (5), uma semana após assassinar a cabeleireira. Aline Mayara foi morta com tiros na nuca, durante a manhã de segunda-feira (29). Ela teria se ajoelhado durante a execução.

A equipe da GCM fazia patrulhamento no terminal rodoviário quando abordaram um casal. Durante a abordagem, três homens passaram e ficaram observando o trabalho da Guarda, até que dois deles tentaram fugir quando viram duas viaturas se aproximando de onde estavam.

Um deles apresentou os documentos e Clewerson se identificou como ‘Jeferson’ dizendo que estava sem documentos. Porém, em consulta não o encontraram. Ao ser questionado confessou o nome verdadeiro, e então foi confirmada a fuga de Iguatemi após feminicídio, segundo o site local Jornal do Oeste.

Na segunda-feira (29), alguns populares que moram no bairro Waloszek Konrad, onde a vítima foi morta, relataram à Polícia Civil que escutaram quatro tiros e visualizaram o possível autor guardar a arma na cintura e sair de carona em uma motocicleta Honda Titan.

Antes do crime, durante a madrugada, a cabeleireira foi encontrada desorientada, possivelmente sob efeito de drogas. As informações teriam sido repassadas pela própria vítima à equipe médica do PAM (Pronto de Atendimento Médico) municipal. Outra suspeita é de que Aline estava grávida.

Surto e assassinato

Aline Mayara Boni — Foto: Redes sociais/Reprodução

Antes de ser assassinada com tiros na nuca, a cabeleireira Aline Mayara Boni, de 24 anos, foi encontrada desorientada durante a madrugada do dia 29 de abril, na casa de uma moradora de Iguatemi. Devido ao fato, ela foi levada por policiais militares até o hospital da cidade e teve alta médica em seguida.

A PM informou que Aline estaria mentalmente perturbada. Na madrugada do dia do crime, uma equipe foi acionada para atendimento de uma ocorrência onde uma mulher havia invadido a casa da solicitante. A equipe deslocou-se ao local e fez contato com Aline Mayara Boni, responsável pela invasão. Conforme registro, ela aparentava estar mentalmente perturbada, o que levou a equipe a encaminhá-la ao PAM da cidade para atendimento médico.

Horas após ser liberada do atendimento médico, às 11 horas do dia 29 de abril, Aline foi morta. Vizinhos chamaram a polícia depois de ouvirem barulho de tiros.

Aline foi assassinada com dois tiros na nuca, com perda de massa encefálica. Ela teria ficado de joelhos ao ser assassinada. Vizinhos teriam ouvido pelo menos quatro disparos e logo depois viram o namorado da cabeleireira saindo do local. Ele ainda teria colocado na cintura uma arma.

Machucada

Em um vídeo, Aline aparece machucada e mostra diversas marcas roxas pelo corpo. A família da vítima acredita que os ferimentos são recentes, mas relatam não saber de nenhuma agressão por parte do namorado. O prefeito afirma que foi feito exame de corpo delito, que não demonstrou marcas no corpo da mulher.

Apesar de aparecer agredida, a polícia afirmou que não há registros de violência doméstica contra o atual namorado. Já a família diz que ela não o denunciou por medo.

O namorado, principal suspeito, tem passagens por tráfico de drogas no Paraná e em MS por tráfico e furto.